
O Governo Federal lançou o primeiro edital de licitação para a retomada das obras da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco, um dos projetos de infraestrutura mais estratégicos para o desenvolvimento do Nordeste. O trecho, que será ampliado em 73 quilômetros, vai cruzar o Sertão pernambucano com investimento de R$ 415 milhões por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A iniciativa foi anunciada pelo Ministério dos Transportes e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em parceria com a empresa Transnordestina Logística S.A. (TLSA). O edital, publicado no final de outubro, marca a retomada oficial das obras no estado. A abertura das propostas está prevista para 8 de janeiro de 2026, e a expectativa é de gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos durante o processo de execução.
Conexão estratégica para o Nordeste
Projetada para ser a principal linha ferroviária do Nordeste, a Transnordestina conectará os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) ao porto seco de Eliseu Martins (PI), formando um corredor logístico que vai facilitar o escoamento de grãos, minérios e produtos industriais.
A ferrovia tem 1.753 quilômetros de extensão total e deve integrar as regiões produtoras do interior nordestino aos principais polos de exportação do país, fortalecendo a economia e impulsionando o desenvolvimento regional.
O trecho pernambucano, que agora avança, é considerado fundamental para a conclusão da obra. Ele permitirá a interligação do Sertão do Pajeú e Araripe com o restante da malha ferroviária, aproximando municípios como Custódia, Arcoverde e Salgueiro dos portos e grandes centros logísticos.
Obra prioritária do Novo PAC
A retomada da Transnordestina faz parte do conjunto de projetos prioritários do Novo PAC, programa que busca destravar grandes obras paralisadas e promover a integração logística do país. Segundo o Ministério dos Transportes, a ampliação da ferrovia deve reduzir custos de transporte, aumentar a competitividade da produção agrícola e mineral nordestina e estimular novos investimentos privados na região.
“Essa é uma obra estruturante que vai transformar a logística do Nordeste, gerando empregos e fortalecendo a economia local”, destacou o ministro dos Transportes, Renan Filho, durante o anúncio.


