O Ministério do Planejamento anunciou, nesta quarta-feira (10), que o salário mínimo terá novo reajuste e passará a ser de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026. O aumento é de R$ 103 sobre o valor vigente. A correção segue a política de valorização que considera a inflação do INPC somada ao crescimento do PIB, mas, desta vez, ficou limitada ao teto de 2,5% previsto pelo arcabouço fiscal — mesmo com o PIB de 2024 tendo avançado 3,4%.
De acordo com o Dieese, o piso nacional atualizado influencia diretamente 59,9 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais, beneficiários do INSS, pessoas que recebem o BPC, abono salarial e seguro-desemprego. Como os benefícios previdenciários têm o mínimo como referência, cada real de aumento gera cerca de R$ 420 milhões em despesas adicionais. Assim, o reajuste de R$ 103 deve elevar o gasto público em aproximadamente R$ 43,2 bilhões no orçamento de 2026.
Apesar do avanço, o novo valor ainda fica muito abaixo do que o Dieese considera suficiente para garantir o sustento digno de uma família. Em novembro, a instituição estimou que o salário mínimo necessário seria de R$ 7.067,18, valor 4,66 vezes maior que o piso atual.
